Brasil atinge menor patamar de insegurança alimentar da história
ALIMENTAÇÃO: A proporção de domicílios com algum grau de insegurança alimentar no país recuou de 27,6% para 24,2% entre 2023 e 2024. Esse dado representa 2,2 milhões de lares a menos nessa condição.
10/10/2025 11:58:31
| Atualizado há 5 dias atrás

[Aroni Fagundes | Repórter/Editor]
Em 2024, o Brasil reduziu o número de pessoas sem acesso adequado à alimentação. Os dados, divulgados hoje (10) pelo IBGE, são do módulo Segurança Alimentar da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, realizada por meio de uma parceria com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome.
A quantidade de domicílios com pessoas com algum grau de insegurança alimentar caiu para 18,9 milhões, o que representa 2,2 milhões de lares a menos nessa condição entre 2023 para 2024.
Proporcionalmente, o número de domicílios recuou de 27,6% para 24,2% nesse mesmo período, indicando que quase um em cada quatro domicílio ainda está em insegurança alimentar.
Consequentemente, a proporção de domicílios em segurança alimentar aumentou de 72,4% para 75,8%.
A pesquisa classifica a insegurança alimentar em três níveis:
• Insegurança alimentar leve: preocupação ou incerteza quanto ao acesso a alimentos e redução da qualidade para não afetar a quantidade;
• Insegurança alimentar moderada: falta de qualidade e redução na quantidade de alimentos entre adultos;
• Insegurança alimentar grave: falta de qualidade e redução na quantidade de alimentos também entre menores de 18 anos. Nessa situação, a fome passa a ser uma experiência vivida no domicílio.
Todos os três níveis de insegurança alimentar caíram de 2023 para 2024: leve, de 18,2% para 16,4%; moderada, de 5,3% para 4,5%; e grave, de 4,1% para 3,2%. Em relação ao nível grave, esse percentual representa 2,5 milhões de famílias que passaram por privação quantitativa de alimentos, que atingiram tanto adultos quanto crianças e adolescentes.
Segundo informação da - agenciagov.ebc.com.br - 26,5 MILHÕES — Entre 2019 e 2022 o IBGE não realizou pesquisa com base na Ebia, mas a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Penssan) aplicou metodologia similar no ano de 2022.
Aquele estudo registrou um número de 33,1 milhões de pessoas em insegurança alimentar grave, ou 15,5% dos domicílios. Levando em conta esse indicador, a proporção de domicílios com moradores em situação de insegurança alimentar grave caiu mais de 12 pontos percentuais desde o início da gestão do Lula.
Em números absolutos, 26,5 milhões de pessoas deixaram a condição de insegurança alimentar grave em dois anos
Fone: agenciagov.ebc.com.br e IBGE.