La Niña confirmado. O que isso significa para o Rio Grande do Sul?
CLIMA: Fenômeno está associado ao risco de seca no Sul do Brasil
09/10/2025 16:16:41
| Atualizado há 5 dias atrás

[Aroni Fagundes | Repórter/Editor]
Segundo informação do globorural.globo.com , o fenômeno climático La Niña, caracterizado pelo esfriamento das águas do Oceano Pacífico, está de volta e deve durar entre dezembro de 2025 e fevereiro de 2026, informou nesta quinta-feira (9/10) o Centro de Previsão Climática dos Estados Unidos.
A ocorrência do fenômeno está associada ao risco de seca em regiões produtoras de grãos no Brasil e na Argentina.
No Brasil, Rio Grande do Sul e Santa Catarina devem ser os Estados mais afetados pela mudança no padrão de chuva segundo Gilvan Sampaio, pesquisador e meteorologista do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). “Haverá uma redução das chuvas, e os agricultores devem se preparar para minimizar as consequências”, explica o especialista.
Para Marco Antônio dos Santos, agrometeorologista da Rural Clima, há potenciais problemas para os grãos. “O La Niña tende a causar períodos de estiagem no Sul entre dezembro, janeiro e início de fevereiro”, diz. “Desde 2021/22 eles (produtores gaúchos) têm perdas atrás de perdas”, acrescenta.
Entre 2021 e 2023, o Rio Grande do Sul foi o Estado que mais sofreu com o La Niña, com três estiagens seguidas durante as safras.
Por regra, durante o La Niña, as chuvas diminuem na região Sul e aumentam no Norte e Nordeste. Já no Sudeste e no Centro-Oeste, há riscos de períodos frios, com as temperaturas abaixo da média histórica. Foi assim na última vez em que ficou ativo, entre 2020 e 2023, explica Patrícia Cassoli, meteorologista da Climatempo.