Exército ordena "tolerância zero" com manifestações perto de quartéis

POLÍTICA; A decisão do exército de implementar uma política de "tolerância zero" com aglomerações nas proximidades dos quartéis reflete uma preocupação crescente com a segurança e a ordem pública.

Exército ordena "tolerância zero" com manifestações perto de quartéis
Exército brasileiro • Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil/Divulgação

 [Aroni Fagundes | Repórter/Editor]

O Exército vai vetar aglomerações e atos próximos de unidades militares em meio ao julgamento do núcleo crucial do plano de golpe, que começa nesta terça-feira (2) no STF (Supremo Tribunal Federal).

A decisão do exército de implementar uma política de "tolerância zero" com aglomerações nas proximidades dos quartéis reflete uma preocupação crescente com a segurança e a ordem pública.

Outro ponto de atenção são as manifestações convocadas para o 7 de setembro, que ocorrerá em meio à análise do caso na Primeira Turma da Corte.

A ordem repassada aos comandos de área é de tolerância zero com eventuais manifestações.

Sob reserva, oficiais avaliam que não haverá atos no entorno dos quartéis. Um dos motivos é o posicionamento do Alto Comando do Exército, apontado ao longo das investigações da trama golpista, de que rechaçou a ideia de um plano de golpe para manter Jair Bolsonaro (PL) no poder.

Após a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), apoiadores de Bolsonaro se mantiveram na porta dos quartéis pedindo intervenção militar. Os acampamentos não foram desmobilizados. Em 8 de janeiro de 2023, grupos partiram de frente do Quartel-General em Brasília para atacar as sedes dos Três Poderes.