Diesel da Rússia vira negócio bilionário e coloca o Brasil na mira de Trump

COMÉRCIO EXTERIOR: Diesel da Rússia vira negócio bilionário e coloca o Brasil na mira de Trump

 [Aroni Fagundes | Repórter|Editor] 

A expansão das exportações de diesel russo para o Brasil transformou-se em um negócio bilionário, chamando a atenção de figuras políticas internacionais. Nos últimos dias, a tensão geopolítica se acentuou significativamente após o governo dos Estados Unidos lançar uma nova ofensiva diplomática contra países que continuam a adquirir petróleo  da Rússia.

Existe preocupação de integrantes do governo e empresários brasileiros em relação à possibilidade de novas tarifas americanas, pois a Rússia é responsável por 60% do diesel importado pelo Brasil.

Essa ação faz parte de uma estratégia mais ampla para pressionar seus aliados e outros países, a isolar economicamente Moscou, em resposta a conflitos e tensões internacionais em que a Rússia está envolvida com a Ucrânia, para o cessar fogo completo, acabando com a guerra.

Na quarta-feira (6/8), a Casa Branca anunciou tarifa adicional de 25% sobre os produtos da Índia, dizendo que o país importa direta ou indiretamente petróleo da Rússia, e acendeu o alerta aos países importadores de petróleo russo, desafiando o equilíbrio de equilibrar suas necessidades energéticas.

A situação destaca a complexidade das relações internacionais e a interdependência dos mercados globais de energia, onde decisões comerciais podem ter implicações políticas significativas.

Durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, houve uma abertura significativa para o diesel russo, que coincidiu com a busca do Brasil por diversificar suas fontes de energia e reduzir custos.

Este movimento foi, em parte, uma resposta às sanções internacionais impostas à Rússia, que levaram Moscou a procurar novos mercados para seus produtos energéticos.

Com a chegada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao poder, essa relação se aprofundou ainda mais, com o governo atual buscando fortalecer laços diplomáticos e comerciais com a Rússia.
Essa parceria pode ser vista como estratégica, considerando as vantagens econômicas e a necessidade de garantir um fornecimento estável de combustíveis para o Brasil.