Em evento do PT,Lula defende alianças e diz que tem ‘limite de briga’ com Trump
POLÍTICA: Presidente participa neste domingo de encontro nacional do PT, marcado pela posse do novo presidente da sigla. Edinho Silva disse que vai preparar partido para ‘pós-Lula’
03/08/2025 14:55:36
| Atualizado há 1 Semana atrás

[ Aroni Fagundes | Repórter/Editor]
Fonte: estadao.com.br
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou neste domingo, 3, que tem um “limite” na briga sobre o tarifaço com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e que não pode falar o que “acha que é possível, mas o que é necessário”. O chefe do Palácio do Planalto participa do último dia da programação do 17º Encontro Nacional do PT, em Brasília.
“Tenho limite de briga com o governo americano. Não posso falar tudo o que eu acho que posso. Tenho que falar o que é possível, o que é necessário”, disse. Para Lula, Trump “extrapolou os limites porque quer acabar com o multilateralismo”.
Lula defendeu a união do PT e as alianças necessárias para ter uma base de apoio no Congresso. Em mensagem aos correligionários, o presidente disse que a sigla precisa “reparar erros” para não cometê-los novamente, e lembrou que o partido elegeu menos de 70 dos 513 deputados em 2022.
“Se fôssemos bons como pensamos que somos, teríamos eleito 140 ou 150. Mas não é defeito só do PT, é de toda a esquerda”, ressaltou.
Início da corrida de 2026
O encontro político teve contornos de início da caminhada pela reeleição de Lula, em 2026. A disputa do ano que vem foi citada como “a mais importante das nossas vidas” para “consolidação de um projeto civilizatório”.
“Nunca mais vamos permitir que alguém de extrema-direita com cabeça fascista volte a governar esse País”, declarou Lula. “Se eles não estão contentes com o que estamos fazendo com três mandatos, se preparem porque pode ter o quarto.”
Formalmente, o evento serviu para a posse do novo presidente do partido, o ex-prefeito de Araraquara (SP) Edinho Silva, e para a dos novos presidentes estaduais. Também marcou o retorno do ex-ministro José Dirceu à direção nacional da sigla. Lula disse que essa volta é “extremamente importante”.