Desemprego cai a 5,8% no 2º trimestre, a menor taxa da série histórica do IBGE
MERCADO DE TRABALHO: A desocupação ainda atinge 6,3 milhões de pessoas. Número de ocupados chega ao recorde de 102,3 milhões. Carteira assinada, rendimento médio e massa salarial também atingem máximas.
31/07/2025 10:57:20

Fonte: agenciadenoticias.ibge.gov.br
[Aroni Fagundes > Repórter/Editor|CandeiasNews]
A taxa de desocupação no Brasil para o trimestre de abril a junho de 2025 foi de 5,8%, uma redução de 1,2 p.p. em relação ao trimestre de janeiro a março de 2025 (7,0%) e queda de 1,1 ponto percentual (p.p.) frente ao mesmo trimestre do ano anterior (6,9%).
Trata-se da menor taxa de desocupação já registrada na série histórica, iniciada em 2012.
Também foram recordes a taxa de participação na força de trabalho (62,4%), o nível da ocupação (58,8%, igualando-se ao trimestre de setembro a novembro de 2024) e o contingente de trabalhadores com carteira assinada no setor privado, que chegou a 39,0 milhões.
Outro destaque foi a quantidade de desalentados, com quedas, de 13,7% frente ao trimestre encerrado em maio, e de 14,0% ante o mesmo período de 2024.
Os dados são da PNAD Contínua Mensal, divulgada nesta quinta-feira (31) pelo IBGE.
De abril a junho de 2025, cerca de 6,3 milhões de pessoas estavam desocupadas no país. No confronto com o trimestre móvel anterior (janeiro a março de 2025), no qual 7,6 milhões de pessoas não tinham ocupação, esse indicador recuou 17,4%, equivalente a menos 1,3 milhão de pessoas.
Comparado a igual trimestre do ano passado, quando existiam 7,4 milhões de pessoas desocupadas, houve recuo de 15,4%, uma redução de 1,1 milhão de pessoas desocupadas na força de trabalho.
A quantidade de pessoas ocupadas no trimestre encerrado em junho deste ano era de aproximadamente 102,3 milhões, avanço de 1,8% em relação ao trimestre anterior. Na comparação contra o trimestre encerrado em junho de 2024, quando havia no Brasil 99,9 milhões de pessoas ocupadas, ocorreu alta de 2,4% (mais 2,4 milhões de pessoas).
O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar), por sua vez, atingiu 58,8%, expansão de 0,9 p.p. ante o trimestre de janeiro a março de 2025 (57,8%). Confrontado ao mesmo trimestre do ano anterior (57,8%), esse indicador teve variação positiva de 1,0 p.p.
O nível da ocupação no trimestre encerrado em junho de 2025, assim, igualou o recorde histórico do índice, obtido no trimestre móvel de setembro a novembro de 2024.
Taxa de informalidade foi a segunda menor já registrada e emprego com carteira bateu recorde
A taxa de informalidade (proporção de trabalhadores informais na população ocupada) foi de 37,8%, o que corresponde a 38,7 milhões de trabalhadores informais. Esse índice foi inferior ao verificado tanto no trimestre móvel anterior (38,0%), como no mesmo trimestre de 2024 (38,7%).
A taxa de informalidade registrada de abril a junho de 2025 só é maior do que a observada em igual trimestre de 2020 (36,6%). A queda na informalidade aconteceu apesar da elevação de 2,6% do contingente de trabalhadores sem carteira assinada (13,5 milhões), acompanhada da alta de 3,8% do número de trabalhadores por conta própria com CNPJ (mais 256 mil) na comparação trimestral, e mostrou estabilidade no confronto anual.
Vale ressaltar que o contingente de ocupados com carteira assinada no setor privado foi recorde: 39,0 milhões, resultado superior (0,9%) ao apresentado no trimestre anterior e crescimento de 3,7% na comparação com o mesmo período do ano passado.
Rendimento médio e massa de rendimento dos trabalhadores também foram recordes
O rendimento médio mensal real habitual de todos os trabalhos chegou a R$ 3.477 no trimestre de abril a junho de 2025, um patamar recorde. Houve crescimento de 1,1% ante o período de janeiro a março desse ano, e de 3,3% quando comparado ao mesmo trimestre do ano anterior. J
á a massa de rendimento real habitual (a soma das remunerações de todos os trabalhadores) atingiu R$ 351,2 bilhões, também recorde, subindo 2,9% no trimestre, um acréscimo de R$ 9,9 bilhões, e aumentando 5,9% (mais R$ 19,7 bilhões) no ano.