Ministro Haddad vê tentativa de ‘sabotar o crescimento do país’ em derrubada do IOF
ECONOMIA: O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou a criticar a derrubada pelo Congresso do decreto presidencial que estabelecia uma alíquota única do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras)
08/07/2025 12:02:30

[ Portal istoedinheiro.com.br | 08/07/2025 - 10:38| Em Notícias ]
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou a criticar a derrubada pelo Congresso do decreto presidencial que estabelecia uma alíquota única do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). Em sua visão, há um movimento de parlamentares da oposição já em preparação para as eleições para o governo federal no próximo ano.
“Nós estamos buscando resultados fiscais robustos para garantir que a economia continue crescendo com baixo desemprego e inflação em queda. A impressão que dá é que tem algumas pessoas querendo sabotar o crescimento econômico do país. A troco de que? Da eleição do ano que vem?”, questionou o ministro em entrevista ao portal Metrópoles.
O decreto presidencial sobre o IOF foi derrubado através de um decreto legislativo, um acontecimento inédito desde o governo Collor. O governo federal questionou a medida no Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro Alexandre de Moraes suspendeu ambos os decretos presidenciais e marcou uma audiência de conciliação entre as partes para o dia 15 de julho.
Na sequência, a fala de Haddad durante a entrevista ecoou o tom adotado pelo Partido dos Trabalhadores (PT) nas redes sociais ao longo das últimas semanas, ao apontar as ações do governo federal como uma tentativa de fazer justiça tributária. “Esse 1% [dos mais ricos] não quer pagar nem o que os 99% paga”, disse, complementando com uma defesa de “colocar o dedo das feridas históricas do país”.
Haddad e o Congresso
Haddad afirmou que está aberto a negociação com parlamentares, mas seguirá defendendo o decreto presidencial. “Como advogado eu digo para você, não existe nenhum vício de constitucionalidade na decisão do presidente da república. Zero”, defendeu. “Então não é só defender o decreto do presidente Lula. É defender a prorrogativa do presidente da república daqui pra frente, quem quer que seja.”
Sobre sua relação com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos – PB), Haddad afirmou que ambos devem se encontrar em breve. “O Brasil depende da boa condução dos trabalhos dele”, disse. “Eu nunca saí de uma mesa de negociação. Eu só saio com acordo.”
[Edição: CandeiasNews /por: Aroni Fagundes ]